25/04/2009

Os novos imigrantes do Brasil

Agora estamos discutindo sobre a dinâmica populacional mundial e vou trazer uma série de textos tratando do assundo e suas faces.
Esse a seguir traz informações e dados sobre o novo perfil dos imigrantes que escolheram o Brasil, num mundo no qual a principal motivação para migrar de um lugar para outro continua a mesma: melhores condições de vida.
Você pode encontrar essa reportagem, na íntegra, em:
http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI8932-15223,00-QUEM+SAO+NOSSOS+NOVOS+IMIGRANTES.html


(...) Fluxos migratórios têm aumentado em todo o mundo, com milhões de pessoas se deslocando de onde nasceram para outros países. “O movimento global do capital tem aumentado o tráfego humano no mundo”, diz Wilson Fusco, demógrafo e pesquisador da Fundação Joaquim Nabuco.
Dados das Nações Unidas revelam que, entre 2000 e 2005, a imigração no mundo cresceu 1,5%. No mesmo período, no Brasil, ela recuou 1,3%. Agora, o quadro é outro. De acordo com a Polícia Federal, nos últimos quatro anos, a imigração legal avançou 51%. Em 2004, houve 29.770 novos registros de estrangeiros vivendo no país. No ano passado, foram 44.954. Várias razões se somam para que o Brasil atraia imigrantes. Os dois motivos principais são o atual momento da economia brasileira, que cresce de forma consistente, e os acordos diplomáticos recém-criados com outras nações, que tornam mais fácil a vida do imigrante que escolhe o Brasil.
‘‘O perfil mudou, de europeus e japoneses para latinos, coreanos e chineses ’’ WILSON FUSCO, demógrafo da Fundação Joaquim Nabuco

"Hoje, os estrangeiros que entram legalmente no Brasil pertencem a dois grupos principais. O primeiro são os estudantes, que vêm em busca de uma capacitação profissional melhor que a oferecida em seu país de origem. O segundo são os profissionais qualificados, vindos de várias partes do planeta para trabalhar em empresas que oferecem boas colocações em áreas de ponta, como a petroquímica. Quem pertence a esses grupos não pode ser chamado de imigrante clássico, pois não planeja morar definitivamente por aqui.
mais, em breve!!!!

06/04/2009

População Economicamente Ativa

Para o IBGE, a partir de procedimentos metodológicos, que visam separar os indivíduos que trabalham daqueles que não trabalham (os que procuram trabalho e os inativos), define-se:

"População em Idade Ativa - Compreende a população economicamente ativa e a população não economicamente ativa.
I) População Economicamente Ativa
Compreende o potencial de mão-de-obra com que pode contar o setor produtivo, isto é, a população ocupada e a população desocupada, assim definidas: população ocupada - aquelas pessoas que, num determinado período de referência, trabalharam ou tinham trabalho mas não trabalharam (por exemplo, pessoas em férias).

As pessoas ocupadas são classificadas em:

a. Empregados - aquelas pessoas que trabalham para um empregador ou ou mais, cumprindo uma jornada de trabalho, recebendo em contrapartida uma remuneração em Dinheiro ou outra forma de pagamento (moradia, alimentação, vestuário, etc.).
Incluem- se, entre as pessoas empregadas, aquelas que prestam serviço militar obrigatório e os clérigos.
Os empregados são classificados segundo a existência ou não de carteira de trabalho assinada.

b. Conta Própria - aquelas pessoas que exploram uma atividade econômica ou exercem uma profissão ou ofício, sem empregados.

c. Empregadores - aquelas pessoas que exploram uma atividade econômica ou exercem uma profissão ou ofício, com auxílio de um ou mais empregados.

d. Não Remunerados - aquelas pessoas que exercem uma ocupação econômica, sem remuneração, pelo menos 15 horas na semana, em ajuda a membro da unidade domiciliar em sua atividade econômica, ou em ajuda a instituições religiosas, beneficentes ou de cooperativismo, ou, ainda, como aprendiz ou estagiário.

População Desocupada - aquelas pessoas que não tinham trabalho, num determinado período de referência, mas estavam dispostas a trabalhar, e que, para isso, tomaram alguma providência efetiva (consultando pessoas, jornais, etc.).

II) População Não Economicamente Ativa
As pessoas não classificadas como ocupadas ou desocupadas.

Fonte: http://www.ibge.gov.br/

Mais, em breve!!!!!

Principais movimentos migratórios

Os movimentos migratórios e suas causas
EDER MELGAR
da Folha de S.Paulo
"Os deslocamentos populacionais costumam obedecer a uma lógica relativamente simples. As populações migram para melhorar a qualidade de vida. Migram para fugir de uma guerra, de uma crise econômica, da pobreza, de perseguição política, da seca e de outros cataclismos naturais. Migram para conseguir emprego, para estudar, para ter mais saúde, para continuarem vivas.Sabemos que as melhorias imaginadas pelos migrantes muitas vezes não são alcançadas em sua plenitude e que novos problemas podem passar a fazer parte de seu cotidiano. Nem sempre eles são bem vindos aos lugares de destino e muitas vezes enfrentam a xenofobia do povo local, a discriminação e a marginalização, constituindo um grande contingente de cidadãos de segunda classe.
Os movimentos migratórios são mais intensos nos países com mais desigualdades regionais, naqueles onde poucas áreas muito ricas dividem o espaço com outras muito pobres. Esse quadro é comumente encontrado em países subdesenvolvidos industrializados, que, dependendo do ponto de vista, são também chamados de países em desenvolvimento ou emergentes. Ocorrem também entre países que apresentam níveis de desenvolvimento muito díspares.
As migrações internas do Brasil _como o histórico fluxo de nordestinos para o Sudeste, atraídos pela expansão industrial, ou para a Amazônia, atraídos pelos projetos agropecuários, minerais e industriais, e, mais recentemente, da região Sul para o Centro-Oeste, relacionado à expansão da fronteira agrícola_ são freqüentemente abordadas nos exames vestibulares.É preciso lembrar também as migrações africanas, estimuladas pela miséria e pelos conflitos étnicos, os fluxos de hispânicos para os EUA e as migrações em direção aos países mais ricos da União Européia, vindas, por exemplo, das ex-repúblicas socialistas ou de ex-colônias".


ÊXODO RURAL

“Êxodo” significa “emigração”, “saída”. Ou ainda, no antigo teatro romano, o “episódio cômico subseqüente a uma tragédia”. Mas, no caso de êxodo rural, o episódio definitivamente não é cômico, mas, é subseqüente a uma tragédia. Ou pelo menos indicativo de uma.Geralmente o êxodo rural ocorre devido à perda da capacidade produtiva, ou à falta de condições de subsistência, em determinado local que acarretarão no êxodo rural para outra localidade rural, ou, o êxodo rural para localidades urbanas.
O mais comum, o êxodo rural para localidades urbanas, acarreta uma série de problemas sociais, estruturais e econômicos para os lugares para onde os “retirantes” se deslocam, legando ao “êxodo” um significado bastante pejorativo.O êxodo pode também ser chamado de “migração” quando dentro das fronteiras de um país ou território, ou “emigração” quando acontece de um país, ou território, para outro.
No caso do Brasil, podemos citar vários períodos de migração ao longo de sua história que se caracterizam pelo abandono do campo em busca de melhores condições de vida nas cidades. Na história do Brasil, por exemplo, podemos citar a migração das regiões do nordeste onde predominava a agricultura da cana, para o sudeste onde floresciam as culturas de café ou mesmo para o norte, para os seringais. E, mais tarde, em tempos mais recentes, lá pela década de 50, se inicia uma nova migração, desta vez para a nova capital do país, Brasília. A migração para Brasília fez surgir inúmeras cidadelas que não estavam nos planos de infra-estrutura e que, por terem se instalado nos arredores da grande capital, foram chamadas de “cidades-satélite”.
O Brasil presenciou o seu período de maior êxodo rural entre as décadas de 60 e 80 quando aproximadamente 13 milhões de pessoas abandonaram o campo e rumaram em direção aos centros urbanos. Isso equivale a 33% da população rural do início da década de 60. Os principais motivos dessa migração em massa foram a expansão da fronteira agrícola, o modelo de urbanização que incentivava o crescimento das médias e grandes cidades criando oportunidades de empregos que atraíam os moradores do campo, e, a estratégia de modernização da agricultura que incentivava as culturas de exportação e os sistemas modernos de agricultura, práticas que, por sua vez, utilizam menos mão-de-obra que a agricultura tradicional, forçando os trabalhadores excedentes a procurarem outra forma de sustento.
Tanto no Brasil, quanto em outras regiões do mundo, o êxodo rural ocasiona o crescimento desordenado dos centros urbanos, gerando um verdadeiro caos social. Sem planejamento as cidades não conseguem fornecer as condições sanitárias e de infra-estrutura básicas aos novos moradores gerando miséria, doenças e mais bagunça.
Em lugares como a África e a Palestina, por exemplo, a migração (ou emigração no caso da Palestina) foi o estopim de conflitos civis que perduram até hoje. Outros episódios históricos de êxodo rural ocorreram na Roma Antiga quando os escravos começaram a substituir os trabalhadores livres no campo e, estes, começaram, então, a abandonar o campo em direção aos centros urbanos. Episódio semelhante aconteceria novamente na Idade Média, mas dessa vez, o êxodo rural para as cidades se deu pelo surgimento de uma nova classe social, a burguesia, que impulsionou o comércio fazendo prosperar os grandes centros.Mas o êxodo rural também traz prejuízos para o campo podendo, inclusive, transformar algumas cidades em verdadeiras “cidades fantasma”. Isso ocorre quando toda a população deixa a cidade em busca de melhores oportunidades ou por causa de alguma tragédia natural (como uma grande seca ou um furacão, por exemplo).

MIGRAÇÃO PENDULAR

"A migração pendular, ou diária, corresponde a um fenômeno urbano, visto especialmente nas grandes cidades. Esse processo ocorre na medida em que milhões de pessoas que compõe o PEA (População Economicamente Ativa) deixam suas residências antes do horário comercial para chegar ao trabalho e que no final da tarde, ou do expediente, voltam para casa. Esse processo significa simples fluxos populacionais que não configuram propriamente como migração, isso por que não se trata de uma transferência definitiva e sim momentânea.
Existem vários casos que se enquadram como migração pendular dentre muitos está o fluxo de bóias-frias que residem geralmente na cidade e se deslocam até o campo onde desenvolvem suas atividades, pessoas que moram em um determina cidade e trabalha em outra, além de viagens de final de semana, feriados e férias.
Decorrente da migração pendular, ocorre nos grandes centros urbanos a hora de rush, que são determinados horários do dia no quais os trabalhadores se aglomeram no trajeto tanto para chegar ao trabalho como no regresso pra casa. Outro tipo de fluxo que insere como sendo migração pendular é o commuting, pessoas que moram em um determinado país e se deslocam para outro para trabalhar ou procurar uma ocupação.

NOMADISMO

"Quando estudamos o período da Pré-História temos o hábito de observar as transformações sofridas pelos primeiros homens que habitaram a terra. Ao mesmo tempo, vemos que o estudo desse período sucede o estudo das teorias evolucionistas, onde observamos o homem passando por uma série de mudanças de ordem física e biológica para, assim, obter sua atual fisionomia. O que geralmente nota-se é que essa idéia de evolução, trazida das teorias darwinistas, acabam influenciando o modo como tratamos as formas de organização e hábitos de sobrevivência das primeiras comunidades primitivas. É dessa forma que nossa visão sobre a prática do nomadismo acaba sendo, de certa forma, depreciativa.
O nomadismo consiste em uma prática onde um homem ou grupos humanos vagueiam por diferentes territórios. Nesse processo de locomoção pelo espaço, essas comunidades utilizam-se dos recursos oferecidos pela natureza até esses se esgotarem. Com o fim desses recursos, esses grupos se deslocam até encontrarem outra região que ofereça as condições necessárias para a sobrevivência. Durante o Paleolítico e parte do Neolítico, o nomadismo foi uma prática comum entre os primeiros grupos humanos. Com as mudanças climáticas e o desenvolvimento das primeiras técnicas agrícolas, o nomadismo cedeu espaço para o aparecimento de comunidades sedentárias originárias das primeiras civilizações da Antigüidade. É nesse momento de mudança que julgamos que as comunidades sedentárias são “mais evoluídas” e, portanto, melhores que as nômades. Ao julgarmos as comunidades sedentárias “melhores”, acabamos criando uma visão errônea de que as comunidade nômades não eram capazes de desenvolver valores culturais, formas de organização político-social ou formas complexas de se relacionarem com o mundo. Em outras palavras, acabamos igualando o processo de fixação do homem ao aumento do cérebro humano ou a locomoção sobre duas pernas. E o que isso tem a ver com nosso estudo da História? O fato é que essa visão gera uma interpretação errônea e preconceituosa das demais comunidades que, ainda hoje ou em outros períodos históricos, vivem da prática do nomadismo. No entanto, é importante perceber que a falta do domínio sobre a agricultura ou a inexistência do Estado não podem ser encarados como itens suficientes para se julgar uma cultura nômade pior ou inferior em relação às demais.


Fonte:
http://www.brasilescola.com/
http://www.infoescola.com/geografia/teoria-populacional-neomalthusiana
http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u10187.shtml

Teoria Populacional Neomalthusiana

Após a Segunda Guerra Mundial o crescimento populacional atingiu níveis bastante elevados caracterizando um segundo período de explosão demográfica propiciado, entre outras coisas, pelo desenvolvimento de antibióticos e vacinas contra diversas doenças e ao acesso facilitado dos países de terceiro mundo a esses recursos graças a entidades de apoio internacionais como a Cruz Vermelha Internacional e a Organização Mundial de Saúde (OMS) (o primeiro grande crescimento demográfico se deu nos séculos XVIII e XIX, época da consolidação do sistema capitalista e da Revolução Industrial).
Esse novo crescimento demográfico trouxe de volta a teoria proposta por Thomas Malthus no século XVIII dando origem a diversas novas teorias que relacionavam a pobreza e a fome experimentadas pelos países em desenvolvimento ao crescimento demográfico.Os chamados “neomalthusianos” novamente defendiam que o crescimento demográfico seria o responsável pelo avanço da pobreza e da fome nos países do terceiro mundo. Porém, desta vez, eles afirmavam que a causa da pobreza seria o crescimento da população jovem que fazia com que os governos tivessem de investir cada vez mais em saúde e educação deixando de lado os investimentos em setores produtivos. O que, segundo eles, estaria dificultando o desenvolvimento econômico e, assim, acabaria levando ao caos social.
Os neomalthusianos defendiam ainda que uma quantidade maior de indivíduos faria diminuir a renda per capita constituindo um outro fator de aumento da pobreza. Ou seja, quanto mais pessoas em um país menor a renda per capita deste.A solução, segundo eles, seria o controle da natalidade nos países subdesenvolvidos através da adoção de “políticas de controle de natalidade”, que se tornaram bastante populares sob o nome de “planejamento familiar”.


Fonte:
http://www.infoescola.com/geografia/teoria-populacional-neomalthusiana

Teorias Demográficas: Malthusianismo

"A teoria criada por Tomas Robert Malthus (1766-1834), economista e demógrafo inglês, e que ganhou o nome de “Malthusianismo” foi a primeira teoria populacional a relacionar o crescimento da população com a fome, afirmando a tendência do crescimento populacional em progressão geométrica, e do crescimento da oferta de alimentos em progressão aritmética.
Durante os séculos XVIII e XIX houve um acentuado crescimento demográfico devido à consolidação do capitalismo e à Revolução Industrial que proporcionou a elevação da produção de alimentos nos países em processo de industrialização diminuindo a taxa de mortalidade (principalmente na Europa e nos EUA). Isto fez com que os índices de crescimento da população subissem provocando discussões que culminariam em diversas teorias sobre o crescimento populacional, destacando-se o malthusianismo.
Lançada sob o título “Ensaio sobre o princípio de população e seus efeitos sobre o aperfeiçoamento futuro da sociedade, com observações sobre as especulações de Mr. Godwin, Mr. Condorcet e outros autores”, a teoria de Malthus caracteriza-se pelo grande pessismo em relação ao crescimento populacional.Malthus acreditava que o crescimento demográfico iria ultrapassar a capacidade produtiva da terra gerando fome e miséria.Segundo Malthus, as únicas formas de evitar que isso acontecesse seria reduzindo a taxa de natalidade através da proibição de que casais muito jovens tivessem filhos, do controle da quantidade de filhos por família nos países pobres, do aumento do preço dos alimentos e da redução dos salários para forçar as populações mais pobres a ter menos filhos.
Entretanto, Malthus argumentava que a alta taxa de mortalidade e fecundidade seriam praticamente impossíveis de reduzir uma vez que eram conseqüências de fatores fora do alcance da intervenção humana. Por isso, ele defendia que desastres como a fome, a epidemia e a guerra eram benéficas no sentido de serem um controle para o crescimento populacional.
Dentre os que se opunham à teoria de Malthus destacou-se Jean-Antonio Nicholas Caritat, o Marquês de Condorcet (1743-1794). Ele acreditava que as altas taxas de mortalidade e fecundidade registradas na época eram devidas à ignorância, às superstições e ao preconceito e que apenas “as luzes da razão” seriam capazes de reverter essa situação. Sua teoria, publicada entre 1793 e 1974, se intitulava “Esboço de um quadro histórico dos progressos do espírito humano” e, ao contrário de Malthus, apresentava uma visão bastante positiva do progresso humano.
ALVES, J. E.D. A polêmica Malthus versus Condorcet reavaliada à luz da transição demográfica. Texto para discussão da Escola Nacional de Ciências Estatísticas, ENCE/IBGE, nº4, Rio de Janeiro, 2002."

Fonte: http://www.infoescola.com/geografia/teoria-populacional-malthusiana/

Estrutura Etária Brasileira

A estrutura etária do Brasil tem passado por profundas transformações e estudos apontam como principal elemento o rápido e expressivo declínio na Fecundidade.
“As modificações estruturais na composição etária brasileira são de natureza tal que, segundo se deduz das estimativas da ONU, no espaço de 100 anos entre 1950 e 2050, a proporção da população acima de 65 anos, inicialmente inferior a 3%, atingirá 18% ao final do período. Igualmente, de grande magnitude será a profunda redução na participação do contingente menor de 15 anos, que, com 41,6%, em 1950, e 28,8%, em 2000, deverá representar apenas 19,9% em 2050. No longo prazo, crianças e idosos passarão a ter pesos relativos, na população total, bastante semelhantes. Em conseqüência do anterior, entre os países mais populosos do mundo, o Brasil será o quarto de mais intenso processo de envelhecimento populacional nesse período.
(...)“aponta um processo de estabilização relativamente veloz se comparado com a evolução demográfica que, no passado, tiveram os países hoje desenvolvidos”.

IDH – Índice de Desenvolvimento Humano

“Para analisar o nível de desenvolvimento humano de um determinado país, é preciso realizar estudos acerca de diversos indicadores sociais, mais especificamente os percentuais sobre a condição de saúde, renda, educação e expectativa de vida. “ Com base nos dados dos indicadores sociais, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), em 1990, elaborou um método de avaliar chamado de Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

Mortalidade Infantil

“Um indicador muito importante para a análise do IDH é a mortalidade infantil, que corresponde ao número de crianças que vão a óbito antes de atingir um ano de idade. “No Brasil, as taxas de mortalidade infantil diminuiu muito nas duas últimas décadas, no entanto, o índice continua muito elevado, cerca de 23,6 mortes/ mil nascimentos se comparado a outros países fica mais evidente que há muito o que melhorar, pois em nações como Suécia o índice é de 3 m / mil nasc, Noruega 10,4 m / mil nasc, Canadá 4,63 m / mil nasc, até mesmo em países de menor desenvolvimento os índices são melhores que os brasileiros, como o da Coréia do Sul 4,01 m / mil nasc, Cuba 6 m / mil nasc, Chile 13 m / mil nasc, Costa Rica 9,01 m / mil nasc, Argentina 19 m / mil nasc e Tailândia 10,06 m / mil nasc. “O elevado índice de mortalidade infantil no mundo e no Brasil são provenientes de dois problemas e/ou causas, o rendimento familiar que afeta diretamente a quantidade e a qualidade da alimentação, e também as condições médico-sanitária, como falta de pavimentação, esgoto, água tratada e condição da moradia. Os índices sofrem variações de acordo com a renda, mesmo em áreas pobres onde os índices são altos, as camadas sociais de melhor poder aquisitivo possuem taxas inferiores, e a camada de baixa renda sempre apresenta índices maiores que a média nacional. A variação pode ocorrer também entre diferentes cidades, estados e regiões. “Para melhorar os índices citados, o Brasil estabeleceu uma meta de até o ano de 2015 reduzir em 15,6% as taxas de mortalidade infantil, essa é uma medida para o cumprimento de Metas do Milênio, realizada em 2000, na Declaração da Cúpula do Milênio das Nações Unidas que ocorreu na cidade americana de Nova York, porém a meta estipulada já é superada no Rio Grande do Sul, esse apresenta o menor índice do país 13,5 m / mil nasc, mas esse percentual não reflete a realidade nacional, portanto há muito o que fazer nesse sentido.

Expectativa de Vida

“Um dos indicadores sociais que reflete boa condição de vida de uma população está na expectativa de vida, que corresponde ao número médio de anos que a população de um determinado país espera viver, mas também pode ser analisado em níveis mais particulares, como de um município, por exemplo. De acordo com a expectativa de vida de uma população pode-se saber a qualidade de vida das pessoas, isso fica evidente porque uma sociedade que possui bons rendimentos, aquisição ao conhecimento, saúde de qualidade e habitação tende a ter uma expectativa de vida maior. De acordo com os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2004, a esperança de vida ou expectativa de vida dos brasileiros é em média de 71,7 anos, essa média varia segundo o sexo, a média de vida das mulheres é de 75,5 anos e de homens é 67,9. A expectativa de vida no Brasil passa por um período de ascensão constante, no entanto, é superado em relação aos países centrais, o Japão possui uma média de 81,9 anos; Suécia, 80,1 anos; e Holanda, 78,3 anos. O Brasil é superado até mesmo por países menos desenvolvidos como Cingapura, 78,6 anos; e Argentina, 74,3 anos. A expectativa de vida pode variar de acordo com a classe social, ou seja, quanto melhor o rendimento maior será a esperança de vida, enquanto que a classe de baixa renda detêm taxas bem inferiores em relação aos de alto poder aquisitivo."

Fonte:
http://www.brasilescola.com
http://www.fundaj.gov.br/tpd/117a.html

Um pouco da história dos levantamentos populacionais no Brasil

"O primeiro grande levantamento populacional que proporcionou a aferição do nível da mortalidade prevalecente no Brasil foi o Censo Demográfico de 1940. Embora inovadoras, as informações do Censo de 1940 somente permitiam estimar a taxa de mortalidade infantil, e não as taxas de mortalidade para todas as idades – base para construção das tábuas de mortalidade. Para o cálculo dessas taxas são necessários dados sobre óbitos ocorridos e registrados em um ano ou período – extraídos das estatísticas vitais do Registro Civil – e sobre a população, por sexo ou para ambos os sexos – provenientes do censo demográfico.
O Brasil possui uma história considerável em se tratando de censos demográficos – o primeiro foi realizado em 1872 – mas as estatísticas vitais do Registro Civil de pessoas naturais somente foram organizadas em 1974, quando o IBGE passou a coletar, junto aos cartórios, as informações sobre nascimentos e óbitos ocorridos em território nacional. Dessa forma, a primeira tábua de mortalidade, construída pelo IBGE, representativa da população brasileira data de 1980, ano de realização do censo demográfico, cuja periodicidade é decenal.
Hoje o Brasil possui três tábuas de mortalidade construídas pelo IBGE: a de 1980, a de 1991 e a de 2000. As tábuas para os demais anos são fruto de um modelo de projeção de população elaborado com as informações conhecidas. Esse modelo precisa ser revisto sempre que uma nova tábua é incorporada ao conjunto."

Fonte: http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=266

População III

Transição Demográfica ou Explosão Demográfica?

A idéia de explosão demográfica analisa o ritmo de crescimento da população mundial como uma “explosão incontrolável e maléfica ao bem-estar dos povos. É como se houvesse uma situação intolerável de excesso de gente, que exigiria medidas drásticas para ser corrigida” (Vesentini, p.268). Assim defendem medidas de controle da natalidade.

Para os que defendem a idéia de Transição Demográfica o mundo viveu um momento de expressivo crescimento populacional e estaríamos vivendo uma fase de estabilização, de progressiva diminuição nas taxas de crescimento, já alcançada pelas nações ricas ou centrais e por algumas emergentes, como Chile, Uruguai, Coréia do Sul. Uma tendência, enfim, apesar de não ocorrer de forma igual em todas as partes do mundo.

Principais fases da Transição Demográfica

1º Redução da Mortalidade
Devido à melhoria nos serviços de saneamento básico e combate a doenças transmissíveis; elevação do nível educacional.
Crescimento Vegetativo Acentuado e declínio na mortalidade.

2º Transição Reprodutiva
1- Retardamento dos casamentos
2- Controle da natalidade
Com isso as taxa de mortalidade atingiria certo equilíbrio, deixando de cair ou caindo de maneira mais branda, e a Taxa de fecundidade passaria a decrescer.

3º Queda da taxa de natalidade
Apontado por alguns estudiosos como resultante do crescimento econômico, devido a interferência na mobilidade e na dinâmica de crescimento populacional (ampliação do comercio mundial; processo de urbanização; modernização da agropecuária e seus efeitos no êxodo rural).

Hoje já são apontadas lacunas nesse modelo considerado tradicional de transição demográfica, questionando um único padrão de análise, como por exemplo:
1- Desconsiderar a influência das migrações;
2- Peculiaridades socioculturais resultando em padrões reprodutivos específicos.

Fonte:
http://www.ipea.gov.br/pub/ppp/ppp12/parte9.pdf

VESENTINI, José W. Sociedade e Espaço: Geografia Geral e do Brasil. 44. ed. São Paulo: Ática, 2005.

Mais, em Breve!!!!

Condição das Mulheres no Mundo

Estudos da UNIFEM, Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher, resultam em mais um relatório que confirma a situação das mulheres em todo mundo.

"Unifem lança relatório global “Progresso das Mulheres no Mundo” segunda-feira (30/3), no Rio de Janeiro(26/03/2009 - 14:08)
Relatório faz alerta para descumprimento dos ODMs (Objetivos de Desenvolvimento do Milênio) na perspectiva da igualdade entre homens e mulheres. Estudo expõe dados sobre a realidade das mulheres no mundo em áreas como mercado de trabalho e economia mundial, poder e decisão, saúde, educação, justiça e violência

As mulheres têm menos oportunidades de se tornar chefes. Enquanto um em cada oito homens tem condições de chegar à posição de chefia, a média entre as mulheres é de uma em cada 40. Essa é uma da série de constatações do relatório bianual do Unifem (Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher) “Progresso das Mulheres no Mundo 2008/2009” que será lançado na segunda-feira (30/3), às 14h, na Alerj (Assembleia Legislativa), no Rio de Janeiro.

Com o tema “Quem responde às mulheres? Gênero e Responsabilização”, a diretora executiva do Unifem, Inés Alberdi, fará o lançamento do relatório no Brasil, cujos dados avaliam o alcance dos ODMs (Objetivos de Desenvolvimento do Milênio) para a igualdade entre homens e mulheres.

O “Progresso das Mulheres no Mundo 2008/2009” alerta para a possibilidade de descumprimento dos ODMs na perspectiva da igualdade de gênero até 2015, prazo em que todos os objetivos devem ser atingidos. Apesar de avanços como a redução de pessoas que vivem com menos de um dólar por dia, aumento de matrículas nos ensinos primário e secundário e combate ao HIV/AIDS, o relatório verifica atraso na maioria dos ODMs. A redução das taxas de mortalidade materna é um dos ODMs mais difíceis de ser alcançado. O relatório confirma que a desigualdade de gênero é um dos fatores críticos para cumprimento dos ODMs. Conforme o estudo, a desigualdade de gênero não só reduz a capacidade de as mulheres pobres utilizarem o trabalho para sair da pobreza, como também afeta os aspectos não monetários da pobreza: ausência de oportunidades, opinião e segurança. Na esteira da crise financeira mundial, o “Progresso das Mulheres do Mundo 2008/2009” indica que as desigualdades e as discriminações de gênero, raça e condição socioeconômica vulnerabilizam mulheres, negros e pobres a choques econômicos, ambientais e políticos.
Responsabilização O tema central do relatório - “Quem responde às mulheres? Gênero e Responsabilização” -, é abordado como grande questão para garantia dos ODMs e dos compromissos internacionais voltados às mulheres. Responsabilização significa avaliação do desempenho e imposição de ação corretiva ou de reparação nos casos em que os desempenhos das políticas públicas não forem adequados. Em relação às políticas para as mulheres, esse conceito propõe que as decisões do poder público devem ser avaliadas por homens e mulheres numa base de igualdade.

No Brasil, são instrumentos de mensuração das políticas para as mulheres: Planos Nacionais de Políticas para as Mulheres e Pacto Nacional pelo Enfrentamento à Violência contra as Mulheres. O relatório cita o investimento do governo federal de R$ 1 bilhão para enfrentamento da violência contra as mulheres e a promulgação da Lei Maria da Penha (Lei 11.340/06) entre as inovações dos países para as políticas para as mulheres."

Fonte:http://www.unifem.org.br

2009 marca negociações sobre Protocolo de Quioto

O primeiro encontro deste ano ocorreu no final de março ... será que as geleiras vão esperar até dezembro para continuar derretendo? Acompanhe o processo ... "ligeiro, ligeiro, ligeiro"

Começam negociações sobre Protocolo de Kyoto
30/03/2009
Evento, aberto no domingo em Bonn, na Alemanha, é a primeira rodada de conversações sobre a nova fase de cumprimentos do tratado, marcada para expirar em 2012.

Tratado prevê redução de gases
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.*
Mais de 2 mil representantes de governos, organizações ambientais, indústria e instituições de pesquisa estão reunidos em Bonn, na Alemanha, para debater os novos termos do Protocolo de Kyoto.
A primeira fase de cumprimentos do tratado, que prevê a redução de emissões de gases poluentes, expira em 2012.
Solução
A comunidade internacional precisa agora negociar os termos de uma nova fase para dar continuidade ao combate do efeito estufa.
O encontro, em Bonn, é o primeiro de uma série de negociações que deverão ser concluídas em dezembro, durante a Conferência sobre Mudança Climática, que ocorrerá em Copenhague, na Dinamarca.
O secretário-executivo da Convenção da ONU sobre o tema, Unfccc, Yvo de Boer, disse que a primeira sessão deste ano é fundamental para colocar o mundo mais perto de uma solução para o aquecimento global.
O presidente do grupo de trabalho que está chefiando as negociações, Harald Dovland, afirmou que os países industrializados estão comprometidos em liderar o processo com base no que a ciência tem mostrado sobre o efeito estufa.
O encontro na Alemanha termina no próximo dia 8.
*Apresentação: Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.

Fonte: http://www.onu-brasil.org.br

Dinâmca populacional 2, o Retorno!

Ler mais do mesmo, e continuar refletindo...

"Atualmente, a população mundial já ultrapassa os 6 bilhões de pessoas. É inegável que se trata de um contingente bastante numeroso de pessoas que necessitam de abrigo, alimentos, água, entre muitas outras coisas.
O tamanho de uma população qualquer é o resultado de entradas ou somas e saídas ou subtrações. As entradas ou somas correspondem aos nascimentos e imigrações, ao passo que as saídas ou subtrações correspondem aos óbitos e emigrações. Assim, ao considerarmos o tamanho da população brasileira, ao longo dos tempos, temos que levar em conta não só o crescimento natural como também o saldo migratório, isto é, a diferença entre o número de imigrantes e de emigrantes.
É evidente que, no caso da população mundial, as migrações são desconsideradas, pois são priorizadas as taxas de natalidade e de mortalidade. Afinal, nosso planeta não recebe migrantes vindos de fora e tampouco perde população para outro planeta.
A taxa de natalidade refere-se ao número de nascimentos a um dado período, usualmente um ano. Ele expressa o número de crianças nascidas para cada grupo de mil pessoas. Ao se dizer que a taxa de natalidade de um determinado país é de 19‰, significa que, para cada mil pessoas da população desse país, nasceram 19 crianças naquele ano. Vale a pena comentar que as taxas de natalidade variam de um grupo de país para outro e refletem as condições de existências de suas populações. A taxa de mortalidade corresponde ao número de mortes ocorridas em um ano em relação ao total da população. Assim como ocorre com as taxas de natalidade, a de mortalidade também é expressa em grupos de mil pessoas. Por exemplo, uma taxa de mortalidade de 12‰ indica que, para cada grupo de mil pessoas da população, morreram 12. Quando as condições de existência podem ser consideradas boas, satisfatórias, a mortalidade tende a ser mais reduzida. A taxa de crescimento ou de diminuição da população é obtida subtraindo-se a taxa de mortalidade da taxa de natalidade. Tomando-se os exemplos acima utilizados e desconsiderando-se as migrações, esse país apresentaria um crescimento de 7‰ (19‰ - 12‰ = 7‰). Convém comentar que, ao contrário do que ocorre com as taxas de natalidade e de mortalidade, a taxa de crescimento natural é expressa em porcentagem. Assim, conforme o nosso exemplo, a população cresceu a uma taxa de 0,7%".

O crescimento populacional no mundo

Mais conteudo para nosso debate sobre dinâmica populacional.

"No mundo atual existem bilhões de pessoas, mas nem sempre foi assim, houve períodos na história da humanidade em que o número de habitantes era muito reduzido, no ano de 400 a.C o mundo detinha uma população de somente 250 milhões de pessoas. Para dobrar a população mundial foram necessários cerca de 1.250 anos. No ano de 1.850 a população mundial pela primeira vez ultrapassou a casa dos bilhões, apresentando um número jamais alcançado, 1,2 bilhão de habitantes. Em 1900, a população total somava 1,6 bilhão, 50 anos depois o número saltou para 2,4 bilhões de pessoas. Na década de 70 a população teve um considerável aumento, alcançando a marca de 3,6 bilhões, em 1980 somavam 4,5 bilhões de pessoas e no ano 2.000 cerca de 6 bilhões de habitantes. Diante desses dados ficam explícitas as mudanças modestas e lentas em certos períodos e mudanças extremamente rápidas quanto ao crescimento populacional, especialmente no século XX. A explicação para esse fato é voltada para as imensas evoluções ocorridas na tecnologia, que favoreceram melhorias e avanços na medicina, agricultura, transporte, informação, sanitária entre muitas outras. A ONU (Organização das Nações Unidas) divulgou no dia 05 de agosto de 2008 um relatório que apresentava as perspectivas de crescimento da população mundial para o futuro. De acordo com o estudo realizado, a população mundial, em julho de 2008, é de 6,7 bilhões de pessoas. Outro dado de grande relevância divulgado no relatório é quanto à expectativa de crescimento da população mundial, essa alcançará no ano de 2050 o incrível contingente de 9,2 bilhões de habitantes. O alicerce para a consolidação dessa perspectiva partiu de mudanças sociais no planeta, que são determinantes para tal crescimento, como maior abrangência no tratamento da AIDS e aumento da esperança de vida, isso de acordo com a pesquisa conduzida pelo Departamento de Assuntos Sociais e Econômicos (DESA). O relatório afirma ainda que os índices de crescimento da população vão ocorrer basicamente em países em desenvolvimento. Nos países centrais não serão percebidas grandes alterações, uma vez que alguns países europeus desenvolvidos não apresentam crescimento algum nesse sentido".

Por Eduardo de Freitas
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola

Fonte: http://www.brasilescola.com/geografia/o-crescimento-populacional-no-mundo.htm

Mais, em breve!

Anvisa proíbe produtos de higiene pessoal

Cuidado com estes produtos em especial, pois sabemos que existem muitos outros que circulam por aí sem que saibamos ao certo o quanto nos agride.

Anvisa proíbe produtos de higiene pessoal

A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia recebeu da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) resoluções para suspender a fabricação, distribuição, importação, comércio e uso de alguns produtos de higiene pessoal.
São eles: creme hidratante Renove com Rosa Mosqueta e Vitamina E, e Gel Redutor com Algas Marinhas, fabricados pela empresa Lacerda & Sá Ltda., de Goianésia (GO); e todos os produtos sob vigilância sanitária, fabricados pela empresa Pessini Indústria e Comércio de Cosméticos Ltda., de Vila Velha (ES).

Outros produtos também estão na lista da Anvisa, como: cosmético Miracolo, fabricado por SCY Indústria de Cosméticos, da Itália; todos os produtos fabricados a partir de 15/12/2008, pela empresa Natasha Indústria de Cosméticos Ltda.
A agência ainda determinou a interdição cautelar por 90 dias, do lote 913, do Shampoo Sem Sal/cabelos Normais Avora Kids, fabricado por Tech-Science Cosméticos Indústria e Comércio Ltda, de São Paulo (SP).

Fonte: http://ibahia.globo.com/plantao/default.asp

9ª Bienal do Livro da Bahia

Olha aí meu povo, vale a pena ir conferir as novidades da 9ª Bienal do Livro da Bahia. Quem sabe nos encontramos por lá? O site oficial do evento falha por não falar de preço do ingresso, porém espero que seja "de grátis".

A Bienal do Livro da Bahia é o evento literário mais importante do estado. Na Bienal, os leitores terão a chance de se aproximar dos seus autores favoritos, folhear livros, viajar por lugares desconhecidos e imaginários e participar de atividades que têm o livro como astro principal.Durante dez dias, o Centro de Convenções da Bahia será o ponto central da cultura, da literatura e da educação.Nos espaços reservados às atrações - Café Literário, Arena Jovem, Praça de Cordel e Poesia e Circo das Letras - o que irá brilhar são os debates e bate-papos com autores e personalidades culturais, além de atividades lúdicas para crianças e jovens.Com uma programação atraente e diversificada, a Bienal do Livro da Bahia é diversão para toda a família!


Campanha do Vale Livro na 9a. Bienal do Livro da Bahia

A Fagga Eventos – realizadora da Bienal do Livro – e o Governo da Bahia, através da Secretaria de Cultura, da Fundação Pedro Calmon, Secretaria de Educação e da Secretaria da Fazenda, disponibilizam 20 mil vales-livros no valor de R$ 10,00 (dez reais) cada. A Campanha do Vale-Livro destina-se aos estudantes e professores da rede pública estadual de ensino (capital e interior), além das bibliotecas comunitárias. Depois de ler, o estudante poderá, se quiser, doar seu livro para a biblioteca de sua escola.
Um vale-livro poderá ser trocado por 10 notas fiscais de qualquer valor. Esta iniciativa visa estimular a compra de livros por parte de jovens e crianças das escolas públicas e seus professores, além de enriquecer os acervos das bibliotecas comunitárias na capital.


DE 17 A 26 DE ABRIL NO CENTRO DE CONVENÇÕES DA BAHIA

Fonte: http://www.bienaldolivrobahia.com.br/

Manter tradição vai custar mais caro

Preço dos produtos da Semana Santa pode variar até R$ 520,8%
Luciana Rebouças, do A TARDE

O preço dos produtos tradicionais da Semana Santa baiana pode variar até 520,8% em Salvador, a depender do local de compra, revela pesquisa de preços feita pela reportagem de A TARDE na última semana. Nas feiras livres, os consumidores encontram produtos com preços mais em conta, já que a embalagem é determinante na diferenciação dos preços entre as feiras e os supermercados.
Este é o caso do camarão seco, que na Ceasa do Rio Vermelho, nas feiras de São Joaquim e na Sete Portas está, em média, por R$ 10, mas nas maiores redes de supermercados o quilo está acima dos R$ 40. A razão é que nas três maiores redes pesquisadas, Extra, GBarbosa e HiperBompreço, o camarão não é encontrado em embalagens maiores que 100 gramas. O produto industrializado, acondicionado em pequenas quantidades, acaba saindo mais caro que o vendido a quilo em feiras livres. A diferença entre o maior e o menor preço do camarão encontrado por A TARDE apresentou uma variação de 394%.
(...)
A dica da pesquisa é seguida pela consumidora Maria Celeste Magalhães, enfermeira, que percorreu os supermercados e as feiras apurando o preço do bacalhau. “Aqui está barato, mas olho a qualidade também”, diz Maria Celeste que pesquisava preços em um supermercado, mas já tinha encontrado, na mesma rede, o bacalhau pelo mesmo valor com melhor qualidade. “Tirando o bacalhau, o resto dos produtos está mais caro aqui”, diz. A mesma opinião tem Lauana Amorim, vendedora, que escolheu os produtos na feira das Sete Portas. “O preço do bacalhau está bom. Já comprei no mercado até de R$ 24”, diz Lauana que comprou o bacalhau por R$ 19.

Fonte: A Tarde on line

Agora respondam à enquete ao lado...

05/04/2009

Impacto da crise no Brasil

Mais sobre a Crise, sob a perspectiva de Paul Singer, que além de Secretário Nacional do Ministério do Trabalho, economista, professor e um dos principais propositores da economia solidária como um outro modo de produzir, cujos princípios básicos são a propriedade coletiva ou associada do capital e o direito à liberdade individual.
Paul Singer: Impacto da crise no Brasil é "brutal"
Elza Fiúza/Agência Brasil

Titular da Secretaria Nacional de Economia Solidária, Singer foi o responsável pela implementação da pasta, ligada ao Ministério do Trabalho e Emprego, ainda no início do governo Lula - no já longínquo ano de 2003. Foi também um dos fundadores do Cebrap (Centro Brasileiro de Planejamento e Inteligência) , criado em 1969 por um grupo de intelectuais perseguidos pelo regime militar.
Nesta entrevista exclusiva a Terra Magazine, o economista faz uma análise detalhada da crise, além de propor mecanismos para conter seus efeitos no Brasil, como o controle de fluxo de capitais. Prevê ainda a expansão de formas de economia solidária em meio ao turbilhão financeiro, como o trabalho em cooperativas e a autogestão.
Para o registro devido, economia solidária é o nome que se dá para novas formas de produção e consumo que priorizem o preço justo e a associação dos trabalhadores. Na prática, a economia solidária é exercida por cooperativas, associações e redes de auxílio entre trabalhadores e consumidores.
- O sistema de finança solidária não é especulativo, em nenhuma hipótese. Ele é autogerido. Os próprios depositantes administram as cooperativas de crédito. Além disso, os empreendimentos de economia solidária não despedem. Ninguém nunca é despedido porque todos são sócios. Você não pode demitir um sócio.
Confira a íntegra da entrevista:
Na sua avaliação, como o Brasil tem sido atingido pela crise?Paul Singer - Em termos de comparação, está sendo pouco atingido. Os Estados Unidos, a Espanha, o Japão... tem uma série de países que vem sendo atigindos com muito mais violência que o Brasil. Vinham sendo afetados desde o meio do ano passado; nós, somente desde o final do ano. E o grau de redução da atividade econômica é muito maior lá fora. Não obstante, de um ponto de vista não comparativo, a partir do Brasil mesmo, o impacto está sendo brutal. Muita gente está perdendo o emprego, o que não havia antes. Isso é realmente resultado da crise, e a atividade econômica está indo para trás.
Isso mostra que, apesar de ter investido bastante no mercado interno, o país ainda está bastante dependente de suas relações econômicas internacionais?Não é só isso não. Efetivamente, você tem razão, porque a crise vem de fora para dentro. É a grande finança globalizada que é a origem da crise, então ela atingiu os países pelo lado financeiro, em geral internacionalmente. No Brasil isso foi óbvio, porque, por várias razões, os bancos brasileiros não estão em crise; apesar disso, eles estão reduzindo enormemente as suas atividades de crédito, aumentando os juros e isso está afetando agora a economia nacional. O efeito externo começou (a crise), mas agora ela está se desenvolvendo dentro do país.
Essa postura do sistema bancário era esperada? Não é uma atitude contraproducente para a economia do país?Era esperado em termos de precedente histórico, sempre que há um pânico internacional, os bancos põem as barbas de molho. Porque o seu próprio capital é uma parcela pequena em relação as suas obrigações com os depositantes. É o que se chama de alavancagem; o grau de alavancagem dos bancos é extremamente alto. Isso significa que se eles perderem uma parte dos seus créditos - foi exatamente o que aconteceu com as hipotecas nos EUA -, eles estão quebrados.
Eles fazem alavancagem de até 30 vezes o valor do capital próprio...Pois é, isso é um absurdo. Pelas normas da Basiléia, que não são nada, digamos, admiráveis, mas tem um mínimo de bom senso, os bancos deveriam ter pelo menos 8% de suas obrigações em capital próprio, o que é uma garantia que o banco oferece aos depositantes. Isso seria uma alavancagem de 12 vezes. Como você pode ver, há bancos com alavancagem de 30, até 40 vezes. Os bancos americanos que foram pegos no contra-pé estavam alavancados em 40 vezes o seu capital próprio.
Como acha que o Brasil vem reagindo à crise?O Brasil tem sido dos mais ágeis, e inclusive agindo na direção certa. Temos, digamos, uma sorte muito grande de termos o PAC. Eu acho que o PAC não foi feito em função dessa crise, mas veio a calhar. O Brasil tem hoje um volume muito grande de investimentos em infra-estrutura que são importantes; e tem o PAC social também, que não é de se jogar fora. Investimentos em educação, habitações populares, saúde... Todas são medidas anti-cíclicas, e elas explicam, em grande parte, porque, comparativamente, a economia brasileira foi pouco atingida.
O que mais pode ser feito para minimizar os efeitos da crise? O senhor é um defensor do controle de fluxo de capitais, por exemplo...Ah, sim. Essa (a falta de controle) foi uma das razões da crise. As finanças foram globalizadas. .. Foram cometidos erros piores do que crimes: um deles foi esse, liberar completamente a transferência de capitais. Um das consequências terríveis disso são os chamados paraísos fiscais, que agora começam a ser objeto de crítica e propostas de eliminação. Mas isso é de qualquer forma um absurdo. Você cria pseudopaíses onde não se paga impostos, então a sonegação internacional tornou-se regra, e isso evidentemente contribui para a crise, porque você eleva o grau de especulação, de sonegação de impostos, de falsificação de balanços, a níveis insuportáveis. De modo que não basta acabar com os paraísos fiscais; a movimentação de capitais tem que ser regulada por cada país, em função de suas prioridades socioeconômicas, e não em função da defesa do lucro máximo dos detentores de capitais privados. E provavelmente o sistema financeiro tenha de ser estatizado.
Qual a avaliação que o senhor faz do ritmo de redução dos juros pelo Banco Central?É completamente inadequado. Isso deveria ter começado seis meses atrás. Não havia nenhuma razão para ainda se aumentar os juros há poucos meses; 2008 já era um ano de crise, que acabaria atingindo o país - inclusive agora. Eles praticamente esperaram o fim de 2008 para fazer uma redução de 1%. É muito pouco, e tarde demais. Mas se continuar reduzindo pelo menos 1% a cada reunião do Copom (Comitê de Política Econômica), já ajuda um pouco.
Qual a importância do mercado interno para o Brasil, hoje? Por muito tempo as exportações o deixaram em segundo plano...A importância é total. Quer dizer, durante a bolha que precedeu a crise, o Brasil foi beneficiado pela alta (nos preços) das matérias-primas. É sempre assim: as commodities, junto com o setor imobiliário, são o centro da especulação. O petróleo e os metais foram lá para as nuvens, e agora estão no chão. Como houve uma redução enorme na renda dos países mais ricos do mundo, houve uma diminuição na demanda também. O petróleo hoje vale menos de um terço do que valia em meados do ano passado. Isso reduz, portanto, a importância do mercado externo para o Brasil. Nós somos exportadores de máterias-primas. Não só, mas bastante. Com a retração desses mercados, o mercado interno tem de tomar o seu lugar. Então todas as medidas que o governo tem tomado, sobretudo as redistributivas, são de enorme importância. A elevação do salário mínimo, a ampliação do bolsa-família e do ensino público gratuito, inclusive o superior, muitas medidas redistributivas do governo, além de socialmente justas, também ampliam o mercado interno.
Como a economia solidária pode contribuir para o país em meio à crise?Ela é uma alternativa de todos os pontos de vista. Primeiro lugar, o financeiro. O sistema de finança solidária não é especulativo, em nenhuma hipótese. Ele é autogerido. Os próprios depositantes administram as cooperativas de crédito, os bancos comunitários e assim por diante. Eles não têm o menor interesse de arriscar seu dinheiro por meios especulativos, inclusive gente pobre. Você tem aí o exemplo de um sistema financeiro não especulativo e, portanto, imune à crise. Além disso, os empreendimentos de economia solidária não despedem. Ninguém nunca é despedido porque todos são sócios. Você não pode demitir um sócio. Os empreendimentos de economia solidária também são atingidos pela crise, mas eles têm de repartir o que eles têm entre todos, não tem essa de mandar gente embora como a Embraer fez, por exemplo.
Até porque a idéia não é otimizar os lucros a qualquer custo...Sim. As empresas, sob a economia solidária, se adaptam. Tem gente que se dispõe a sair porque tem oportunidade de ganho próprio, ou porque é qualificado, e isso alivia o prejuízo dos que ficam. A solidariedade funciona.
Então o senhor vê espaço para o crescimento, em meio à crise, do trabalho associado, em cooperativas, que conhecemos com o nome de economia solidária? Há espaço para essa forma de organização dos trabalhadores?Deve aumentar. A grande emergência, vamos dizer assim, da economia solidária, foi a grande crise dos anos 90. Crise nossa, em que milhões de empregos industriais foram perdidos. Foi nessa ocasião que as empresas cooperadas emergiram, e a economia solidária firmou raízes no país. E está crescendo agora com muito ímpeto. E vai crescer mais. Agora, eu não fico feliz com isso, porque, infelizmente, é motivado por uma crise que atinge cruelmente a população.
É o fim do chamado neoliberalismo, como vem sendo alegado, ou as práticas de liberalização financeira devem ser retomadas com o fim da crise?Enterrado é bobagem, isso não existe. Quando o neoliberalismo estava no auge, na década de 70, 80, o keynesianismo tinha sido enterrado. Quer dizer, agora ressurge com mais vigor do que nunca porque nunca foi enterrado. Mesmo no período do neoliberalismo, medidas keynesianas foram adotadas, principalmente pelo Fed (o banco central norte-americano) . Havia um keynesianismo não-explícito sendo praticado. Várias bolhas especulativas foram estouradas pelo Fed, isso é política keynesiana. Agora, da mesma forma, há uma reversão de 100%, de quando as políticas keynesianas era dispensáveis. O neoliberalismo está preso tanto a visões ideológicas quanto a interesses materiais. Ele não desaparece. Ele fica, digamos, na berlinda, um pouco afastado dessas práticas econômicas, mas poderá ressurgir a qualquer momento.
Parece que, historicamente, há um revezamento entre essas políticas...É muito possível que seja isso. A minha impressão é de que foi exatamente isso o que aconteceu na metade do século passado. Tivemos 30 anos de políticas keynesianas, que aliás deram muito certo, e depois cerca de 20 anos de políticas neoliberais, que deram muito errado.

Fonte: Terra Magazine

A Crise da economia americana

Compartilho aqui um texto muito legal sobre a crise. Pena não saber sua autoria pois o recebi numa lista de e-meius. Se você souber algo, fique a vontade para somar.


A CRISE DA ECONOMIA AMERICANA (Explicada da forma mais didática)


"Paul comprou um apartamento, no começo dos anos 90, por 300.000 dólares, financiados em 30 anos. Em 2006, o apartamento do Paul passou a valer 1,1 milhão de dólares. Aí, um banco perguntou pro Paul se ele não queria uma grana emprestada, algo como 800.000 dólares, dando seu apartamento como garantia. Ele aceitou o empréstimo, fez uma nova hipoteca e pegou os 800.000 dólares. Com os 800.000 dólares, Paul, vendo, que imóveis não paravam de valorizar, comprou 3 casas em construção, dando como entrada algo como 400.000 dólares. A diferença, 400.000 dólares, que Paul recebeu do banco, ele comprometeu: comprou carro novo (alemão) pra ele, deu um carro (japonês) para cada filho e com o resto do dinheiro comprou tv de plasma de 63 polegadas, 43 notebooks, 1634 cuecas. Tudo financiado, tudo a crédito. A esposa do Paul, sentindo-se rica, sentou o dedo no cartão de crédito. Em agosto de 2007, começaram a correr boatos de que os preços dos imóveis estavam caindo. As casas que o Paul tinha dado entrada e estavam em construção caíram vertiginosamente de preço e não tinham mais liquidez... O negócio era refinanciar a própria casa, usar o dinheiro para comprar outras casas e revender com lucro. Fácil... parecia fácil. Só que todo mundo teve a mesma idéia ao mesmo tempo. As taxas que o Paul pagava começaram a subir (as taxas eram pós fixadas) e o Paul percebeu que seu investimento em imóveis se transformara num desastre. Milhões tiveram a mesma idéia do Paul. Tinha casa pra vender como nunca. Paul foi agüentando as prestações da sua casa refinanciada, mais as das 3 casas que ele comprou, como milhões de compatriotas, para revender, mais as prestações dos carros, as das cuecas, dos notebooks, da tv de plasma e do cartão de crédito. Aí as casas que o Paul comprou para revender ficaram prontas e ele tinha que pagar uma grande parcela. Só que neste momento Paul achava que já teria revendido as 3 casas, mas, ou não havia compradores ou os que havia só pagariam um preço muito menor que o Paul havia pago. Paul se danou. Começou a não pagar aos bancos as hipotecas da casa que ele morava e das 3 casas que ele havia comprado como investimento. Os bancos ficaram sem receber de milhões de especuladores iguais a Paul. Paul optou pela sobrevivência da família e tentou renegociar com os bancos, que não quiseram acordo. Paul entregou aos bancos as 3 casas que comprou como investimento, perdendo tudo que tinha investido. Paul quebrou. Ele e sua família pararam de consumir... Milhões de Pauls deixaram de pagar aos bancos os empréstimos que haviam feito baseado nos preços dos imóveis. Os bancos haviam transformado os empréstimos de milhões de Pauls em títulos negociáveis. Esses títulos passaram a ser negociados com valor de face. Com a inadimplência dos Pauls esses títulos começaram a valer pó. Bilhões e bilhões em títulos passaram a nada valer e esses títulos estavam disseminados por todo o mercado, principalmente nos bancos americanos, mas também em bancos europeus e asiáticos. Os imóveis eram as garantias dos empréstimos, mas esses empréstimos foram feitos baseados no preço de mercado desse imóvel... Preço que despencou. Um empréstimo foi feito baseado num imóvel avaliado em 500.000 dólares e de repente passou a valer 300.000 dólares, e mesmo pelos 300.000 não havia compradores. Os preços dos imóveis eram uma bolha, um ciclo que não se sustentava, como os esquemas de pirâmide, especulação pura. A inadimplência dos milhões de Pauls atingiu fortemente os bancos americanos, que perderam centenas de milhões de dólares. A farra do crédito fácil um dia acaba. Acabou. Com a inadimplência dos milhões de Pauls, os bancos pararam de emprestar por medo de não receber. Os Pauls pararam de consumir porque não tinham crédito. Mesmo quem não devia dinheiro não conseguia crédito nos bancos e quem tinha crédito não queria dinheiro emprestado. O medo de perder o emprego fez a economia travar. Recessão é sentimento, é medo. Mesmo quem pode, pára de consumir. O FED começou a trabalhar de forma árdua, reduzindo fortemente as taxas de juros e as taxas de empréstimo interbancários. O FED também começou a injetar bilhões de dólares no mercado, provendo liquidez. O governo Bush lançou um plano de ajuda à economia sob forma de devolução de parte do imposto de renda pago, visando incrementar o consumo, porém essas ações levam meses para surtir efeitos práticos. Essas ações foram corretas e até agora não é possível afirmar que os EUA estão tecnicamente em recessão. O FED trabalhava. O mercado ficava atento e as famílias, esperançosas. Até que na semana passada o impensável aconteceu. O pior pesadelo para uma economia aconteceu: a crise bancária, correntistas correndo para sacar suas economias, boataria geral, pânico. Um dos grandes bancos da América, o Bear Stearns, amanheceu, na segunda feira última, quebrado, insolvente. No domingo, o FED, de forma inédita, fez um empréstimo ao Bear, apoiado pelo JP Morgan Chase, para que o banco não quebrasse. Depois disso o Bear foi vendido para o JP Morgan por 2 dólares por ação. Há um ano elas valiam 160 dólares. Durante esta semana dezenas de boatos voltaram a acontecer sobre quebra de bancos. A bola da vez seria o Lehman Brothers, um bancão. O mercado e as pessoas seguem sem saber o que nos espera na próxima segunda-feira. O que começou com o Paul hoje afeta o mundo inteiro. A coisa pode estar apenas começando. Só o tempo dirá.

E hoje, dia 15 de Setembro/2008, o Lehman Brothers pediu falência, desempregando mais de 26 mil pessoas e provocando uma queda de mais de 500 (quinhentos ) pontos no Indice Dow Jones, que mede o valor ponderado das ações das 30 maiores empresas negociadas na Bolsa de Valores de New York - a maior queda em um único dia, desde a quebra de 1929 ...O dia de hoje, certamente, será lembrado para sempre na história do capitalismo."
Mais, em breve!!!!
.

Resumo da aula:População

Demografia é o ramo da Geografia responsável pelas análises dos aspectos associados à população.

Dinâmica Populacional
O clima e a economia são alguns dos fatores que influenciam a concentração/distribuição da população. O número de habitantes do planeta já superou 6 bilhões de habitantes. Esse número tem aumentado espetacularmente após a segunda guerra mundial. Esse crescimento é visto com preocupação, pois o envelhecimento da população e a diminuição da taxa de natalidade podem sobrecarregar os sistemas previdenciários de todo o mundo.

A população de uma determinada área, seja um Território ou Região etc é determinada pelas:

POPULAÇÃO ABSOLUTA
É o total de habitantes de uma cidade, região ou país, representado pelo termo populoso.

POPULAÇÃO RELATIVA
É a população absoluta em relação a uma área. Pode ser chamada também de Densidade Demográfica e é obtida dividindo-se o número de habitantes pela área em que eles vivem (nº Hab. /KM). É representada pelo termo povoado.

Os países mais populosos(milhões de habitantes):
China-1.294,8
Índia-1.049,5
EUA- 291,0
Indonésia- 217,1
BRASIL-190,9

Países mais densamente povoados (habitantes/Km²):
Bangladesh-998,7
Japão-337,4
Índia-319,3
Filipinas-261,9
Reino Unido-243,2
Vietnã-241,1
...
BRASIL-20,6

O Brasil é um país populoso, contudo por conta de sua Densidade Demográfica, podemos considerá-lo como pouco povoado.
Lembrando que a população brasileira encontra-se mal distribuída pelo território, concentrando-se por motivos históricos e econômicos, em áreas próximas ao litoral.
Com a queda nas taxas de mortalidade e de fecundidade, o retrato da população brasileira é de maior envelhecimento.

Menos jovens e Mais idosos
A população jovem, com até 25 anos, vem caindo continuamente no país. No período de 1981 a 2006, a proporção baixou de 58,2 para 44,3% do total. Enquanto que a faixa de pessoas com 60 anos ou mais cresceu em todas as regiões, ou seja, o país esta envelhecendo.

A família brasileira diminuiu
A taxa de fecundidade se manteve em torno de 6,3 desde a década de 40 até os anos 60, a partir de então iniciou um processo de redução no número de filhos por mulher. Na época, a taxa de fecundidade era de 6,3 nascimentos por mulher, Já em 1970, a taxa de fecundidade no país caiu para 5,8 filhos por mulher e, dez anos depois, para 4,4. Em 1991 e 2000, as taxas foram de 2,9 e 2,3, respectivamente. Em 2006 entre na taxa de reposição de 2 filhos por mulher.

Fatores de redução da natalidade
A popularização de métodos contraceptivos; o processo de urbanização; o aumento da participação da mulher no mercado de trabalho e pelo custo para manter os filhos, em especial nas cidades.

Fatores de redução da Mortalidade
Desde 1940 a taxa de mortalidade brasileira também vem caindo, devido a fatores como progresso e popularização de medidas de profilaxia e higiene; aumento quantitativo da assistência médica e hospitalar e campanhas de vacinação.

Nascem mais homens, mas elas vivem mais
Ainda segundo o IBGE, nascem mais homens no país, mas são as mulheres que vivem mais. A Região Sudeste é a que possui mais mulheres com 60 anos ou mais (57,2%), seguida da Região Sul (55,9%), Nordeste (55,2%), Centro-Oeste (52,5%) e Norte (51,5%).

CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO

A população de um país pode aumentar por meio de dois processos:

1-CRESCIMENTO NATURAL OU VEGETATIVO
é a diferença entre a Taxa de Natalidade (nº de nascimentos) e a Taxa de Mortalidade (nº de mortes): CV = T. Nat. – T. Mort.
Esse crescimento pode ser Positivo (+ Nascimentos), Negativo (+ Mortes) ou Nulo.

2- Através das IMIGRAÇÕES


IBGE: população brasileira envelhece em ritmo acelerado .

Desde os anos 1960 que a taxa de crescimento da população brasileira vem experimentando paulatinos declínios, intensificando-se juntamente com as quedas mais pronunciadas da fecundidade. No período 1950-1960, a taxa de crescimento da população recuou de 3,04% ao ano para 1,05% em 2008. Mas, em 2050, a taxa de crescimento cairá para –0,291%, que representa uma população de 215,3 milhões de habitantes. Segundo as projeções, o país apresentará um potencial de crescimento populacional até 2039, quando se espera que a população atinja o chamado “crescimento zero”. A partir desse ano serão registradas taxas de crescimento negativas, que correspondem a queda no número da população. Vale ressaltar que se o ritmo de crescimento populacional se mantivesse no mesmo nível observado na década de 1950 (aproximadamente 3% ao ano), a população brasileira chegaria, em 2008, a 295 milhões de pessoas e não nos 189,6 milhões divulgados pelo IBGE.


A POLÍTICA DEMOGRÁFICA BRASILEIRA

1- Até 1970 = política demográfica Natalista
2-Desde 1965 = atuação da Bemfam no sentido de conter a explosão demográfica e o aumento da pobreza no então 3º Mundo. Proposta de base Neomalthusiana (defesa do crescimento populacional como obstáculo ao desenvolvimento econômico propondo controle da natalidade).
3- A partir de 1973 torna-se disfarçadamente antinatalista, recebendo o rótulo de “PlanejamentoFamiliar” (promoção de esterilização feminina, distribuição de pílulas anticoncepcionais e dispositivos intra-uterinos).

Fonte:
http://www.ibge.gov.br
http://geografiaatualidade.blogspot.com
http://www.scribd.com/doc/3371535/Geografia-Aula-08-Populacao-do-Brasil
http://geogiba.blogspot.com

Mais, em breve!

A Geografia e seu Objeto de Estudo

Como sou, entre outras coisas, profª de Geografia, vou aproveitar o espaço para continuar nossa conversa sobre a Geografia e seu Objeto de Estudo ... e que esse papo não se esgote.
"A Geografia tornou-se uma ciência autônoma no século XIX. No pós-guerra, passou por uma crise entre os que a queriam como ciência da sociedade e os que a tomavam como ciência de lugares. Dessa crise, resultou a "Geografia Crítica" que substituiu a Geografia Descritiva e chegou à escola básica na década de 80, propondo o fim do ensino conteudístico, do saber neutro e da paisagem como espetáculo.

"Hoje, a Geografia está redefinida como ciência social. E nunca o espaço do homem foi tão importante para o desenvolvimento da História. Por isso, a Geografia é a ciência do presente, é inspirada na realidade contemporânea. Seu objetivo principal é contribuir para o entendimento do mundo atual, da apropriação de lugares realizada pelos homens, pois é, através da organização do espaço, que os homens dão sentido aos arranjos econômicos e aos valores sociais e culturais construídos historicamente. O objeto da Geografia é o espaço geográfico, ou seja, o conjunto indissociável de sistemas de objetos e sistemas de ações que procuram revelar as práticas sociais dos diferentes grupos que nele produzem, lutam, sonham, vivem e fazem a vida caminhar".


"O objetivo da Geografia é explicar e compreender as relações entre a sociedade e a natureza, e como ocorre a apropriação desta por aquela.
Quando se estuda a paisagem local, deve-se estabelecer relações com outras paisagens e lugares distantes no tempo ou no espaço, para que elementos de comparação possam ser utilizados na busca de semelhanças e diferenças, permanências e transformações, explicações para os fenômenos que aí se encontram presentes".
Mais, em breve!

Fonte:
http://www.projetopresente.com.br/revista_1/rev4_geo.pdf
http://www.aomestre.com.br/jpp/jp05/jp04c.htm